+ Influentes Impossível - 55

           A influência do rock vindo de Brasília (não o carro, mas a capital federal) deve-se talvez pelo tipo de som que fez a cabeça da moçada que lá viveu e usufruiu de suas verdadeiras origens paternas na maioria dos casos, provavelmente se o estilo da época fosse outro, o país tivesse outra cara na verdade, nos dias de hoje talvez a música eletrônica fizesse mais sentido para os jovens filhos de diplomatas e embaixadores.

           A música  que se fez fora influenciada principalmente pelo punk, o rock inglês e o pós-ditadura e talvez com maior força e ainda pelo capricho cultural, e de forma sempre violenta pelo: Dinheiro. A ideia que se fez de que eram todos jovens cultos em diversos pontos do país, é porque nesses pontos do país tinham lá seus burgueses que muito claramente podiam ter ACE$$O a livros, discos, filmes, etc. E isso fez com que o atraso cultural desses grupos se tornasse menor em relação ao resto do país. Endividados em cruzeiros (CR$), e ainda, dívida externa, inflação e tudo que as classes média e baixa conhecem bem e de perto.
           Alguns dos jovens, ídolos emergentes do pop rock dos anos 80 até chegaram bem perto de representar, as diversas classes que compunham as massas. Através da sensibilidade artística, escreviam e criaram personagens da classe média e baixa como quem descreve uma estória de ficção sobre alemães malvados ou coisa assim, mas sem o conhecimento de causa ou vivência naquilo, sem nunca ter ido aos campos de concentração e batalha, sem pegar armas ou mesmo sem precisar delas, sem sangrar e sem doer.


Obs. Solo A+:
           Eu gosto muito de rock brasileiro, porém se olharmos bem de perto vemos jovens rebeldes e politizados e com consentimento para tal, claro muitos se destacaram por mérito e conhecimento adquirido. Palmas a todos os que fizeram da nossa cultura e pátria um lugar mais musical e leve, pois a música tem esse poder, o de trazer a leveza e calma em horas certas.

A+BraçoS

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"Absolutum Est Casualis" 26-09-2014

Uma Geração Que Falava Demais (E +...) - 54

        Quem são e quem foram os representantes da voz do povo por aqui na Terra Brasilis, é isso que há muito tento entender, entre histórias e sons que vão delineando uma vaga ideia de quem é essa gente que nos representam, SERÁ?

        Uma geração que falava demais, é assim que a maioria entendeu os anos 60 e 70 no Brasil quem tinha a palavra tentava se expressar como podia em consideração aos acontecimentos ditatoriais da época que imagino e concluo não ter sido das mais fáceis por aqui, porém os problemas acabaram... Bom, pelo menos é essa a sensação passada pela leveza e comportamento do sucessores que passaram a ter vez e voz nas rádios e TVs, embora o início brilhante de muitos dos ídolos dos anos 80 se transformasse rapidamente em alguns  casos de megalomania galopante, sem conseguir dar sequência ao brilhantismo inicial, discursos de pós-rebeldia, e esfriando. A extravagância e o radicalismo ainda eram novidade, mas pouco assustou, era irresponsável, ninguém seria mais deportado por "mal comportamento", agora eram pobres coitados presos por porte de substâncias quase ilícitas, mas ainda tinham voz ativa, mas não se impuseram, nem se deram ao respeito e, não foram levados de verdade a sério, jovens demais? Bons moços faziam questão de não ser.
         Com a chegada dos anos 90 ainda houve uma esperança de pelo menos de renovação da safra cultural criativa, mas eram tempos corruptos demais (só pra variar), e a velha guarda "roqueira" e oitentista se reservaram a fazer o que já faziam: entreter e se resguardar de problemas, fossem de curto ou longo alcance.
       Anos 2000, e novamente a renovação não veio, e, se veio chegou transfigurada, e transformada em comércio de oba-oba, pois ninguém mais perdia tempo prestando atenção ao que os autodenominados "artistas" diziam. Na primeira década à partir de 2000, mesma coisa e, NINGUÉM tem mais medo de se prender com a própria língua, NINGUÉM mais morre de tortura e ideias subversivas... SERÁ?


Obs. Solo A+:
       Não dá mais pra ser subversivo, pois pra isso seria necessário saber o que é isso sem pesquisar na internet...

Obs. Solo +B:
           Texto curto essa semana e desculpas por não postar nada na semana passada, fiquei um pouco atribulado com o dia-a-dia.

A+BraçoS

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"Absolutum Est Casualis" 19-09-2014

+ Um Aprendiz - 53

       Sim! Mais uma vez tenho que dizer que se antes da globalização éramos apenas nós mesmos e ainda aprendizes, hoje a realidade é uma mistura (profusão) de realidades, não apenas especulações e fantasias de como seria. Éramos aprendizes de americanos e alienados pela civilidade e civilização que não nos alcançou, sempre usávamos como exemplo uma lei ou uma maneira “gringa” de viver, e disso sobrou pouco, ficou cada vez mais (+) óbvio que queríamos ser eles, e, não ser como eles, usá-los como exemplo, e nisso existe uma grande diferença. A tão falada e difundida globalização matou costumes e cauterizou nossa própria raiz, ou seja, na verdade daqui não nasce mais nada.
         Somos agora um arremedo de Estadunidense, americanos do sul do continente, abaixo da linha do Equador, com acesso ao resto, o que sobrou das originais criações, com pouco fomos capazes de clonar, copiar e, ainda é um bom "negócio", o cover, a cópia, pouca capacidade, inclusive de encontrar a luz, quando somos colocados no escuro para nos "acalmarmos" e assim ficarmos quietos.
       Tiro o meu chapéu pra eles e suas qualidades tais como: insistência, persistência, sapiência, consciência, temo que sejam qualidades de nossos, por assim dizer, mentores. Talvez nossas palavras, as palavras que mais nos caracterizem sejam ORDEM E PROGRESSO, que sou obrigado a sugerir que fosse: ORDEM OU PROGRESSO. Não tenho nada com nacionalismo, mas entendo que se quisermos algo realmente puro, galgando o diferencial (e pode ser algo simples) temos que nos desfazer das amarras político-culturais, respeitar as referências e os que enfim tem discernimento necessário para usufruir da fonte, sem dar as costas quando a sede estiver saciada.     
        Atitude que soaria como desdém e um tanto quanto mal educada. Quanto a nossos "primos", não nos devem nada, comem o que querem; consomem o que querem; se envolvem onde querem e quando lhes convém...


Obs. Solo A+:
          Primos primatas, quero dizer, jogam lixo onde querem, tem regras como e pra quem quiserem, são tão influentes que sem saírem de casa, tem mais voz ativa na sua casa do que você terá algum dia.

Obs. Solo +B:
          A globalização anda matando os gostos e até os sotaques, o que é uma tristeza, pois achava interessante tentar adivinhar de onde era uma pessoa só pelos acentos na voz.

A+BraçoS

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"Absolutum Est Casualis" 05-09-2014