Tenho usado essa máxima a anos, já vi e ouvi muita gente que no intuito
de "mostrar serviço", acaba exagerando na dose e falhando na
qualidade, principalmente durante apresentações em público. Coletivo ou
individualmente é preciso ter cuidado com os excessos, o senso crítico pode ser
um parâmetro pra filtrar as desmedidas proporções, sejam visuais, artísticas ou
sonoras. Passei a notar que em muitos dos meus ídolos musicais, os abusos
estavam sempre presentes e quase sempre ligados a rebeldia, porém com o quesito
COMPETÊNCIA, o que não pode ser considerado como sendo algo estudado, mas
muitas vezes é nato nesses heróis, praticamente predestinados em seu caminho
natural. O talento acaba por se tornar a estrela guia, a verdade e a vida
desses notáveis e iluminados, e os exageros ficam diminutos.
Na maioria dos casos nós simples
mortais, só conseguimos mesmo tocar uns acordes mesmo e ainda apoiados nesses
mestres do som, músicos sim, claro que muitos podem discordar de mim, mas
insisto em dizer que menos é mais, e que não é o caso das orquestras ou
"big bands" claro, onde tocam compassados dúzias de músicos, onde um
acorde pode virar arpejos com mais de 20 instrumentos, e é assim mesmo. Há quem
goste de simplificar e pode ser muito bom, mas com o devido cuidado e respeito
pra não transformar simples em simplório, e transformar o linho nobre em pano
de chão.
Já ocorreu durante os anos da banda
Dick Vigarista, entrarmos em estúdio para gravar 15 músicas, porém no final das
contas só prestaram mesmo umas 7 da lista, a gravação era ao vivo, e aí já viu
né, é só falar: "GRAVANDO!!!", que o erro aparece; reduzimos a
quantidade e ficamos mais satisfeitos, até por termos descoberto juntos
problemas que naquele instante seriam incorrigíveis, e sabendo que nos táxis e
estúdios "time is money" (- = +).
Ainda gravando com bandas, descobri
que quando um som ou frequência sonora incomoda, ao invés de evidenciar o que
gostamos, é mais racional retirar o que atrapalha, é como a luz do sol... no
lugar certo faz toda diferença, mas andando pela rua com o sol nos olhos, pode
não ser muito agradável podendo até sofrer/causar um acidente. Quando montei o
trio EscaliBlues (www.escaliblues.com.br), achei que estava simplificando,
entendi rapidamente que o esforço maior estava em conseguir usar essa "luz
do sol" a nosso favor, ("Há pessoas que transformam o sol numa
simples mancha amarela, mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela
o próprio sol" P.P.). Ao tocar com a santíssima trindade do rock (baixo,
guitarra e bateria), é preciso ter cautela e não atropelar os limites sonoros
de cada instrumento; e em tempos elétricos nivelar volumes pode ser um
trabalho. Acusticamente falando, a bateria é um instrumento que tem grandes
nuances dinâmicas, porém competindo com instrumentos eletrificados, beiramos ao
embate dos volumes.
Num ônibus lotado menos pessoas é
mais confortável, sofro com as bolsadas na orelha e virilhas no meu ombro, o
resto até acho que faz parte, o barulho do motor, o chacoalhar, o trocador que
nunca tem trocado e fica de cara feia porque você num tem o dinheiro trocado
como ele quer, a espera nos pontos, que parece que não existe quadro de
horários. Nas férias escolares mesmo caso, o trânsito com menos carros fica
mesmo mais tranquilo, finjo que tenho esperança de melhorar a cada dia, mas a
tendência não é essa. Sigo social+mente me enganando, quanto mais acredito
menos acontece.
Definitivamente não sou o mais
indicado pra melhor falar sobre volume, tenho a fama de tocar em altos
decibéis, tudo bem! Ok! Eu gosto do som da guitarra que eu estiver tocando na
orelha (Minha ou dos outros...). Mas se existe uma coisa que já se perdeu no
tempo (além dos meus ouvidos...) é a falsa ideia de que volume alto está ligado
a qualidade, nunca será por aí... conseguir ter controle sobre o som ou ruído
que produzimos é pra poucos.
Obs. Solo A+:
Obs. Solo A+:
Li outro dia o slogan do Google
"Don't Be Evil" ("Não seja mal"), simplificaram?! Pode até
ser, mas que pode ser considerado um ponto onde menos é mais... pode.
Existe um momento em que escolhemos sombra ou sol, preto ou branco, tênis ou sapato, campo ou cidade, porém não há como escolher profissional ou amador? Essas definições vem da caminhada ou dos genes, nem sempre dos gens. Mais cedo ou mais tarde descobrimos, baseado no auto-conhecimento e simancol. Simplifiquei.
Obs. Solo +B:
Existe um momento em que escolhemos sombra ou sol, preto ou branco, tênis ou sapato, campo ou cidade, porém não há como escolher profissional ou amador? Essas definições vem da caminhada ou dos genes, nem sempre dos gens. Mais cedo ou mais tarde descobrimos, baseado no auto-conhecimento e simancol. Simplifiquei.
Obs. Solo +B:
Passei pelo post debutante, e chego
a este muito agradecido pelos comentários de quem vem lendo por aqui as
memórias mesmo que politicamente (ou praticamente?!) incorretas, de um
amante/amador, diletante e pretenso músico, que tem na música e nos
instrumentos um estilo de vida. Obrigado, respeito muito todos vocês.
Obs. Solo A+B:
O título desta postagem é uma pergunta que me faz continuar tentando responder... persevero, simplifico, insisto, teimo.
A+Braço
Comentários também para o e-mail: absoloduo@gmail.com
"Absolutum Est Casualis" 22-02-2013
Obs. Solo A+B:
O título desta postagem é uma pergunta que me faz continuar tentando responder... persevero, simplifico, insisto, teimo.
A+Braço
Comentários também para o e-mail: absoloduo@gmail.com
"Absolutum Est Casualis" 22-02-2013