Os + Variados Recomeços - 8


           Na minha cronologia musical, levo em consideração somente os anos que estive em bandas, porém quando comecei a escrever esse blog, percebi que quando eu escrevo por mim mesmo, em minhas próprias palavras.... Tanta redundância pra dizer que sinto necessidade de escrever, dessa vez, sobre os meus recomeços. Nos primeiros contatos que tive com o instrumento que me escolheu, o violão (posteriormente a guitarra), aprendia com voracidade e não velocidade, conheci gente interessante fazendo aulas de violão até um primo distante. Talvez o primeiro recomeço de todos, foi o primeiro violão que pude chamar de meu; passei do "verdão" Giannini pra um violão D'Giorgio modelo clássico estudante Nº.18, alguns anos mais tarde foi a descoberta da guitarra, outro recomeço, no aprendizado da música, na técnica de execução....

           Em 1994 ainda sem a internet, estudar guitarra em casa era uma rotina, a procura do melhor desempenho, da mais apurada digitação na escala do instrumento, da busca pelo som; porém, o acesso a material de estudo, que fossem discos ou livros, revistas, era escasso; até mesmo a dificuldade em conseguir aquelas famosas "revistinhas" de cifras para violão, mesmo que fosse emprestado era muito complicado, fotocópia era então um meio de conseguir ter guardada aquelas coisas.
            Em cada nova empreitada, tenho inicialmente um sentimento de perder o rumo ("Perder-se também é caminho" - C. L.) e ter que reconstruir o conforto dentro de um novo conceito, repertório ou estilo, ou postura. Por vezes me vi obrigado a recomeçar, quando algum dos integrantes da banda resolvia não seguir mais no grupo ou mesmo uma guinada de estilo. Veja bem, comecei tocando em uma banda com 7 (sete) integrantes, hoje tenho um trio e um duo, os números estão diminuindo à medida que o tempo passa, cada um foi buscando novas formas de viver, mas consigo me lembrar alguns dos recomeços mais marcantes, a saída do Adriano (vocalista) em 1996 e a busca de um novo cantor e com isso a entrada do novo vocalista no mesmo ano, e a saída desse em meados de 1997, meu começo cantando (pela força do momento), a saída do Agnaldo (gaitista) e Fernanda (cantora); e eu repassando os arranjos mais complicados de tocar e cantar para o Caló, a saída do Janse em 1998 e a busca por baixista inclusive com anúncios de jornal, daqueles de "procura-se", e depois de longa procura optamos por ficar sem quem tocasse as quatro cordas; mas encontrei com o César Freaza que acabou aceitando o convite pra integrar a banda um ano depois, gravou o primeiro CD da banda Dick Vigarista e se afastou indo morar no Rio de Janeiro. Depois acabei conhecendo outro baixista, o Douglas Mazzinghy, que tocou e gravou o CD "Ao Vivo No Aquário" da Dick, e a saída dele em 1999 (ficar sem Baixista definitivamente foi a sina daquela banda). Até por fim o Caló conhecer o Marcelo Velloso, baixista com quem gravamos e que integrou a banda Dick Vigarista até sua parada em 2005.
           A próxima parte dessa estória eu chamaria de: "Um Novo Começo de Novo". Em 2002 junto com os ainda integrantes da banda Dick Vigarista (Janse Romero e Igor Monteiro), montei a banda EscaliBlues (www.escaliblues.com.br). Nova sonoridade, repertório novo, ideias ainda em formação, timbres e nova energia, os novos projetos tem esse sabor de descoberta, da tentativa e erro, uma coisa de dar a cara tapa, se mostrar, divulgar e por o "circo" na rua, coisas essas que fazem parte de quem se propõe. O blues trouxe pra mim uma nova abordagem instrumental e postural, trouxe também novos instrumentos e equipamento que fui tratando de conhecer, e por falar nisso após um ano de blues e rock, passei a ter contato mais próximo com o Luiz de Bessa, amigo de longa data e que entrou como baixista, trocando de posto com o Janse. Após esse primeiro ano com o Luiz (baixista), conheci o Gustavo do Carmo, que já tinha uma bagagem musical grande tocando baixo e piano, este último seu instrumento de fato. Com a formação de quarteto gravamos o CD “EscaliBlues 2008" e tocamos durante 8 anos. Coincidência ou acaso... depois de 10 anos de blues (completados no início de 2012), iniciei em 2010 o mais recente projeto musical 'A+B Solo' (www.absolo.com.br).
            Em resumo, a vida é curta e sei que ainda me aguardam alguns recomeços, com ou sem o meu consentimento. Ainda tem muito chão pra rodar ("...Chão de prego, de asfalto e de luz..." ÂBS), muita coisa a aprender e temo que não conseguirei cumprir todos os projetos que ainda tenho em mente ("...Não há quem tente experimente / Sem sofrer um pouco...a vida..." ÂBS). Agradeço a todos os que leram o blog até aqui.
Feliz Ano Novo e um bom começo e recomeço de ano!

Obs. Solo A+:
            Mesmo sabendo ser possíveis vários recomeços em tudo que fazemos, as experiências são únicas, e em cada episódio de nossa vida nos mostram atalhos, e deixar pra depois, só vai adiar o inevitável! E em toda nova estreia uma pitada de auto-didata, pois são então os novos rumos a trilhar....

"Autodidata é um ignorante por conta própria." (M.Q.)

Obs. Solo +B:
            Montei a 1ª banda com alguns amigos, e não saímos dos ensaios. Voltei a estudar em casa por um longo período antes de conseguir montar a banda Dick Vigarista que teve duração de 10 anos, trocamos de baixista umas 4 vezes, de vocalista umas 3 vezes; ainda durante o período com a Dick, montei paralelamente com o Janse e o Igor a banda de blues e rock: EscaliBlues (www.escaliblues.com.br), que trocou de baixista e adicionamos o pianista e novamente após 10 anos com os blues, voltamos a ser um trio, recomeço um novo projeto: A+B Solo (www.absolo.com.br), que inicialmente convidei uma lista de pessoas pra participar e acabei optando por um duo. Cada fase dessas tem seus recomeços; e pra mim cada um desses inícios, novas ideias, aprendizado, de convivência com a música e com novas pessoas que marcam cada etapa em que estive envolvido.

A+Braço

>>>Próximo post em 04 de Janeiro de 2013

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"Absolutum Est Casualis" 28-12-2012

Cada Vez + Música e + Influências - 7

           Quando criança ouvia muita música em casa, mas era a minha época do "Balão Magico" e em casa tocava de Sérgio Reis a Elis Regina, Renato e Seus Blue Caps a Incríveis, Adoniran Barbosa a Nelson Gonçalves, Trini Lopez a Carlos Gonzaga, Roberto Carlos e tantos outros que tocavam na radiola e depois passou a ser um som 3 em 1, nesse lembro de ter ouvido Dire Straits, Metallica, Caetano Veloso, Barão Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, e depois em CD o primeiro disco do Pato Fu (Ainda pela Cogumelo Records), Nirvana, e outros dos anos 90, mas também muitos CDs emprestados de amigos e alguns da época de escola, Blues Etílicos, A Elétrika Tribo, Celso Blues Boy, Muddy Waters, Jonnhy Winter, Elvis Presley, e assim fui aprendendo a gostar de diversos estilos.
           Se me esforçar sou capaz de me lembrar das épocas em que ouvi cada coisa, os primeiros vinis, os primeiros K-7s (sim eu tive acesso a alguns originais, ouvi muito Ultraje A Rigor e os Demônios da Garoa, de tabela em casa), os primeiros CDs, os primeiros VHSs (ficava a tarde em casa e gravava da TV as inúmeras aparições dos artistas que eu gostava, nessa época eu estudava de manhã e ainda num trabalhava) e Laser Disc/Videos Disc (esses formatos nunca mais vi), DVD (acho que as primeiras coisas que vi foram filmes, de música lembro de ver os The Doors em branco e preto), Mpeg, AVI, MKV, e por ai vai...
           Lembro que a música cercava os jovens onde fossem, fui com meu irmão e meu primo assistir ao Batman (com o Michael Keaton) no Cine Brasil em BH, e antes do início do filme passou o clipe de "Há Tempos" da Legião Urbana, aquilo marcou aquela banda e aquele disco também, por vezes encontrei caminhos e pessoas que me indicaram músicas e artistas que me influenciariam não só com o som, mas como estilo de vida e instrumentos diferentes, que me atraiam e me davam certa curiosidade. Assim conheci Brian Setzer, Walter Trout, Chris Duarte, B-Side Players, Blues Brothers, Los Porongas, Hojerizah.
           A primeira banda de "heavy" que ouvi falar antes mesmo de ouvir qualquer som foi o Iron Maiden, meu vizinho fazia uma montagem de caixas de som no quintal e colocava pra tocar os discos (ainda em vinil), e se empolgava. No quarto dele um pôster do Eddie "The Head", sim o mascote das capas dos discos que naquela época causava um estranhamento total e ainda causa a primeira vista. Na cidade não havia muito o que ver de música jovem nos medos dos anos 90, algumas das bandas que tinha lá seus  movimentos entre o rock, o punk e o heavy metal estavam recém terminadas, talvez isso tenha me impulsionado a montar a minha própria banda ("...Ora se você quiser se divertir, invente suas próprias canções..." R.R.).
           Fui por diversas vezes assistir aos ensaios de bandas locais, era não só um passatempo, mas também uma maneira de me deixar influenciar pela música ao vivo. Fui a muitos ensaios da banda de música da cidade, daquele estilo das banda de coreto, e ali eu gostava de ficar perto da tuba baixo (caracol), ficava fascinado com o volume e a pressão dos graves vindos do instrumento, também me chamava muito a atenção o pessoal da percussão, que tinha lá a "caixa clara", um bumbo e os pratos. Já ouvi dizer que o instrumento 'bateria' nasceu de uma dessas bandas, que na ausência de algum dos músicos da percussão, outros assumia o instrumento do faltante, até surgir mesmo a ideia de juntar varias peças num só conjunto de instrumentos.
           Voltando ao post, sempre tenho escrito por aqui dos meus amigos e companheiros de música, cada um deles me apresentou suas influências, que pra falar a verdade a mim parecia nato neles, pois nunca perguntei de onde eles conheciam aqueles discos ou CDs, meu foco com certeza estava no som mais do que na fonte daquilo que ouvia. Gostava de descobrir por mim mesmo sobre as biografias das bandas e dos músicos que me agradavam. Nas minhas primeiras buscas por algo pra ouvir comecei a comprar e gravar em fitas K-7, que mais tarde passaram a ser CDs graváveis até chegar aos MP3 de hoje. Houve um tempo em que iniciei um "exercício" mensal na procura por novos sons, saia de casa pra garimpar em lojas de CDs por sonoridades que me norteiam ainda hoje quando preciso de uma referência.

Obs. Solo A+:
            Não posso me considerar um saudosista, Mas gosto de lembrar das épocas e dos contextos, o que nos movia, e fico pensando que seria diferente se eu tivesse começado a tocar ou gostar de música hoje em dia. O foco no som e nas sonoridades provavelmente seria completamente outro!
            Gostava de tocar junto com meus discos preferidos (Barão Vermelho, Stevie Ray Vaughan, Metallica, Iron Maiden, Engenherios do Hawaii, etc), gastava um bom tempo nisso, ligava o amplificador e os pedais (ou pedaleira) e buscava os melhores timbres baseando no que eu ouvia sair dos alto-falantes, funcionou muito isso aí!
Obs. Solo +B:
           Cada edição que escrevo, percebo que de cada post podem sair mais posts, são muitas as lembranças e curiosidades ligadas aos acontecimentos narrados por aqui, sugiro que as pessoas escrevam nem que seja um "diário" ou mesmo uma agenda com suas memórias de épocas vividas, é como em uma terapia, entender: De onde vem? O que é? E pra onde vai? Fica aqui a dica! Vou tentar ser mais preciso nas datas nas próximas postagens ok! E o mundo não acabou!!!

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"Absolutum Est Casualis" 21-12-2012

Na Escola Tinha + Música e + Música - 6

           No final do ano escolar de 1991 conheci um amigo que me despertaria pra música e se tem uma coisa que acredito é naquela frase que diz: "As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.", e no ano seguinte passei a estudar com essa figura, o Janse. Ele já tocava um pouco violão e eu só ficava assistindo. Meu único irmão é cinco anos mais velho que eu, e tinha amigos que já tocavam violão, muitos desses amigos dele se tornaram também meus amigos. Gostava demais das inúmeras vezes que algum deles levava o violão na escola, ou então aparecia lá em casa com "vinis", do que quer que fossem os estilos: rock, heavy, punk, gótico... E durante uma fase essa moçada aproveitava a ausência dos meus pais (com o consentimento deles) e ficam tocando violão noite adentro.
           Acabei formando uma dupla com o Janse, em trabalhos de escola, na música e na vida; aprendemos várias coisas nesses anos e anos de convivência e amizade que já se perdem no tempo. Estudamos na mesma sala, na escola Leonardo Sadra. Na época tínhamos tamanha paixão pela música que era só ter uma oportunidade e pronto! Estávamos lá de violão em punho pra participar de eventos escolares diversos, era um violão Giannini verde com as bordas pretas, acreditem esse violão ainda existe (taí a foto que não me deixa mentir), pode até não ser bonito, mas é exótico! E foi nesse violão que comecei a aprender e tocar, e com ele me apresentei diversas vezes na escola e pros amigos.

          Na 7ª série, gostávamos de Legião, Engenheiros, Capital Inicial e outras. Houve uma tal "Feira de Cultura" na escola, que foi um momento marcante queríamos tocar, claro! Então eu consegui emprestada de um vizinho uma guitarra em Giannini Supersonic sunburst, do preto até um tom de alaranjado, e o Janse conseguiu com o Caló a tal guitarra Golden (modelo Paul Stanley) preta, achamos aquilo super legal, na escola tinha um amplificador Kute 55, que tinha um revestimento cinza em tecido, ligamos as guitarras nele. Faríamos duas aparições nessa feira, uma no início e outra no encerramento, houve quem incentivasse também, alguns professores e amigos; me lembro até de umas garotas!!! Na primeira aparição saímos ilesos, conseguimos tocar o que ensaiamos; mas ao final da feira, antes da segunda aparição que faríamos, nos vem um amigo e pergunta se poderia cantar uma música junto com a gente, ficamos um pouco apreensivos, mas o cara foi tão convincente e tinha tanta firmeza. Escolheu logo uma música difícil pra cantar (I Used to Love Her dos Guns 'N' Roses) e nós inocentemente aceitamos.
           Era na quadra de esportes anexa a escola onde tinha um palco e um portão de entrada e saída muito pequeno, onde passavam duas pessoas por vez com muito cuidado. A quadra estava muito cheia nesse instante, relembrando aquele momento, me parece que eu via a areia de uma ampulheta passando de um lado para outro, eram as pessoas indo embora com muita pressa, tamanho o desastre causado pelas notas desafinados do nosso cantor emergente, que nos submergia a cada nota e cada palavra emitida. Nunca vi um lugar esvaziar se tão rapidamente.
           Juntamos nossos cacos emocionais daquele momento e fomos pra casa, e nesse momento ouvimos uma canção que dizia assim: "E nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz! Teremos coisas bonitas pra contar/ e até lá vamos viver, temos muito ainda por fazer/ não olhe pra trás apenas começamos..." aquilo nos atingiu em cheio; e de alguma maneira reacendeu nossa vontade de continuar tocando. Nos formamos no primeiro grau e dois anos depois montamos juntos com o Igor a banda Dick Vigarista, mas essa história ainda contarei com detalhes no futuro que remonta nosso passado musical.


Obs. Solo A+:
           Esse post me faz perceber de onde vinham muitas das minhas influências e muitas das ideias que ainda insisto em transformar e usar, e desafiar. Conheci na escola o Adriano Borçari que estudava com meu irmão, e em algum dia que meu irmão não pode ir a aula o Adriano me perguntou do paradeiro do meu irmão naquele dia, e em seguida me deu um pin (broche) do U2, curiosamente o som da banda nunca me atraiu, apesar de ter coisas muito bonitas (videos, letras, ideias e ideais). A "moçada" que sempre levava o violão na escola eram o Lúcio, o "Casinha", o Christian, o Adriano, o Alisson; já o Emerson 'Isquisito' era o cara dos vinis, coisas muito legais ouvi pela primeira vez vindas dele.


Obs. Solo +B:
           A cidade que moro nessa época era muito tranquila e conseguíamos transitar pelas ruas com equipamento e tocar violão nas praças pra passar o tempo e conversar com mais calma e sem o temor de ser assaltado. Íamos pra escola nos fins de semana pra tocar violão ou ensaiar com as bandas locais.


Obs. Solo A+B:
           Este post é dedicado a todos estes que se tornaram meus amigos da época da escola e ainda hoje tenho grande apreço por eles. Nessa mesma era escolar conheci o Agnaldo, que para minha surpresa mais tarde se tornaria o gaitista da banda Dick Vigarista.


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"Absolutum Est Casualis" 14-12-2012

Música + A Comédia do dia-a-dia! (As + Engraçadas) - 5

           Tive a sorte de conhecer as pessoas com quem toquei, todos tinham e têm um senso de humor único, ácido e exclusivo, pois muitas vezes tínhamos piadas internas no nosso grupo, algumas tão específicas que ainda hoje, só podem ser contadas em momentos "remember" da turma, pra poder valer o riso. Na primeira banda que montei (Vidas Secas) fazíamos questão de inventar piadas, e fazer paródias uns pros outros; claro isso nos rendia boas risadas e fortalecia nossa amizade ainda muito infantil e inocente. Depois quando com a banda Dick Vigarista, amigos que convivi durante 10 anos em ensaios, "passagens de som", palcos, estúdios e momentos de traslado, tínhamos um grupo maior de pessoas e culturas diferentes em constante contato humano, rico e expressivo principalmente, o que nos norteava era a música e a amizade, mas sem as graças e as gracinhas eu acho que teríamos sido reduzidos a mais um estereótipo de banda de garagem.
            Certa vez durante uma apresentação numa escola meu companheiro de banda e guitarrista (Caló) foi acometido por uma vontade fortuita de ir ao banheiro tirar a tal água do joelho, chegando ao mictório para a surpresa do nosso gaitista, amigo e também figura (Agnaldo) que se encontraram nesse mesmo "restroom", nesse momento o cantor (Adriano) segurava a guitarra esperando a volta do "bon vivant" Carlos Alberto 'Caló'. Ainda com essa mesma formação a banda se apresentou numa festa e o palco era por sobre o público, o cantor (Adriano), muito inclinado a comédia naquela noite, toda vez que ele segurava o microfone e encostava em algum de nós da banda, tomávamos choque, então foi uma noite de risos e choques, acho que a plateia não deve ter entendido nada.
            Hoje em dia eu entendo que existem algumas coisas que se atraem naturalmente, camisa branca e molho de tomate, xixi de cachorro e roda de carro, banda de rock e ideias mirabolantes, pra não dizer absurdas e porque não dizer engraçadas D+. Num desses momentos criativos e escalafobéticos, tivemos a chance de ter uma mente brilhante a nos guiar, o então "produtor", teve uma ideia que mudaria a história da banda e que provavelmente nos colocaria nas capas de alguns tabloides e jornais sensacionalistas talvez. O rapaz começou a despejar pra nos ouvintes havidos e impacientes por novidades: _"A gente" vai criar vídeos e colocar num telão ao lado do palco mostrando cenas que componham visualmente as músicas, vamos conseguir também uma máquina de "fumaça" (gelo seco) pra dar um clima especial e cinematográfico ao palco; colocaremos também um lobo Guará em cima do palco (que até aí podia ter sido um bicho domesticado e cuidado com carinho e esmero) e uma naja, (opa! ele falou NAJA?! a cobra?), foi nesse instante que o Caló perguntou só por perguntar... "Ué! Mas essa cobra não é perigosa não?". Nosso então mentor intelectual e gênio de última hora, explicou que não..., que as prezas dela seriam arrancadas e que no máximo, durante um bote a cobra poderia quebrar um braço de alguém por se tratar de um animal deveras pesado! Aaah Bom! Que alívio... Tivemos que nos conter pra não soltar uma gargalhada coletiva e não ofender nosso protetor de ideias férteis e cheias de esterco de lobo ou será de cobra? (uhm! e cobra tem esterco?!).
            Quando estamos atuando em palco, não dá muito tempo e também é claro que o foco de nossas atenções é a apresentação (som, luz, performance) e muitas vezes não nos damos conta de pequenos detalhes, alguns eu diria cruciais e importantes para deixá-los de fora. Numa dessas apresentações eis que conseguimos um baixista de última hora (Fabiano), que caiu numa "pegadinha". De repente durante uma música "Cara sua braguilha tá aberta" (vulgo: zíper da calça), só em alguns giros mais intensos de dança de salão vi alguém se virar tão rapidamente, mais uma do amigo Caló, que por falar em comédia, é um grande apreciador tendo me apresentado filmes como os do Monthy Python, Peter Sellers e outros.
            No final dos anos 90 estava em alta os tais "Pocket Shows", que nada mais eram e são, que apresentações acústicas de curta duração, (proposta essa que ainda me agrada) e ao fim de um desses, no caloroso "Bar do Lulú", o cantor se despediu do público e desceu uma pequena escada que chegava ao camarim, embaixo dessa escada o pessoal do bar guardava engradados de bebidas vazios e garrafas, havia um espaço entre a parede e a tal escada, suficiente pra passar uma pessoa; inebriado pela boa apresentação e pouca luz, nosso companheiro passa entre a escada e a parede indo parar junto aos engradados e garrafas, por sorte não se machucou muito, uma camisa rasgada, um corte superficial na altura da cintura e o ego despedaçado...
            Quando comecei a cantar e assumi o papel que cabe ao "crooner", numa dada tarde durante um evento no qual estávamos tocando, resolvi distribuir algumas camisetas de brinde com o nome da banda estampados em prateado, e chamei ao palco quem se interessasse por aquele pequeno mimo (a camiseta no caso), o palco era um tablado e assim que um rapaz subiu ao palco ele pisou no cabo que estava plugado e derrubou minha guitarra, talvez pra compensar o vexame a que ele estaria sujeito, brincadeiras a parte, nem me queixei.
Obs. Solo A+:
            Pra encerar, em Goiânia abrimos o show da banda Velhas Virgens na UFGO e pra terminar a apresentação resolvi dar um salto da bateria até a frente do palco, nem era tão alto assim, mas me desequilibrei e quase fui parar no meio do público. Lição: Salto é pro Humberto Gessinger, ou aquele cara do Van Hallen e pros Kangurus ok!
Obs. Solo +B:
            Acho que toda banda tem personagens, alguns se destacam no quesito comédia, outros no lado empresarial, uns em nadismo, outros em achismo e filosofias adjuntas, mas sem dúvida uma das figuras mais engraçadas com quem já me apresentei foi o Caló, o cara conseguia tirar graça de momentos sérios, o que dava uma leveza a caminhada na música que nos trazia tanta expectativa. Obrigado aos meus companheiros por esses anos que ainda nos rendem momentos agradáveis.


Obs. Solo A+B:
            Claro que não são só essas estórias em todos os anos tocando e apresentando em palcos diversos, mas como diz o título do
post, "As + Engraçadas". Meus companheiros de banda com certeza devem ter suas memórias pra contar, mas deixo pra eles e para o tempo se encarregarem de guardar e arquivar ou deletar esses momentos...
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"Absolutum Est Casualis" 07-12-2012

O Que + Pode Dar Errado, Pode Dar + Errado! - 4

            Conheço muitos músicos e visitei alguns estúdios, já fui a muitos lugares tocar e gravar e se tem uma coisa que acho que todo mundo concorda é que se tem que dar ERRADO..., fatalmente é na hora em que você está gravando (e a corda quebra/arrebenta) ou em cima do palco (o cabo falha, esquece a letra) ou durante uma participação especial ou ainda numa entrevista de TV ou rádio. Seja onde for é sempre na hora que não devia acontecer.
            Foi num dos ensaios com a banda Dick Vigarista, em 1994, quando ainda eramos um trio, sempre filmávamos os ensaios, coisa de garoto pra ficar revendo depois (nem posso falar muito que me cobram os vídeos até hoje...), bom, tinha lá uma daquelas lâmpadas de 1000 watts, pra filmar a noite, e coloquei minha única guitarra perto dessa lâmpada, sentimos um cheiro de queimado, era o calor da lâmpada fezendo algumas bolhas na pintura em baixo da guitarra, não fiquei muito feliz mas também não chegou a me atingir, os ensaios eram divertidíssimos, chegamos a ensaiar durante 12 horas, só parando pra almoçar, ninguém é de ferro né! No ano seguinte com a banda em outra e melhor estrutura, eu, minha guitarra queimada e a adição de mais 4 amigos compondo o time, fizemos uma apresentação no extinto "trailer" do James (Faroeste Burguer), todo mundo tem que começar em algum lugar, e podia ser pior..., lembro que ao meio da apresentação, iniciou uma chuva imensa e nesse momento apareceram algumas lonas a volta do local que era coberto e cercado, mas que sem essas lonas ficaria impossível seguir, não fosse o bastante a chuva e as lonas ainda teve um "fight" no fim da noite, um rapaz mal amado e alguns outros amigos.


            Houve também uma apresentação de bairro que fomos participar, junto com algumas bandas locais. Sei que estávamos ainda na segunda ou terceira música e o clima começou a fugir do controle, a plateia repleta de energia e cabeludos, queria ouvir heavy metal, enquanto tocávamos blues e músicas próprias que variavam entre comédia e drama, mas acho que naquela noite o pessoal estava mais pra "Cine Trash", tivemos que sair meio fugidos daquele "palco", que aliás nem era um palco de verdade, era a carroceria de um caminhão, pra dentro de uma Kombi que nos tirou daquela situação complicada. Mas vejam que nem falei dos equipamentos que se manifestam e se recusam a nos ajudar, é bom lembrar que isso é parte integrante da vida do músico, lidar com esses acontecimentos, todaviae passar por eles é mais difícil.
            Numa outra ocasião consegui o local da apresentação de graça pra fazer um evento que levou o nome de "Ou vai... Ou Rock!!!", porém o som que foi alugado, havia sido conseguido a um preço justo para o equipamento em questão e durante a "passagem de som" (soundcheck ou ainda montagem dos equipamentos), recebi mais uma lição que deixo aqui registrada, não perguntei ao técnico se a voltagem das tomadas do palco eram 110 volts ou 220 volts, pronto! Era 220 volts, queimou a fonte (eliminador de pilhas) da minha pedaleira. Mas como poderia tocar sem a fonte? Não poderia. Era sábado 16:00hs, e nem que eu quisesse não conseguiria comprar outra fonte, o técnico então me ofereceu a fonte do efeito de voz (reverb), que era da mesma marca e modelo da minha, bom funcionou, mas ficamos sem efeito de voz durante toda noite, mais uma aprendida a duras penas.
            Na apresentação que marcaria os 10 anos de banda, houve emoção e até umas lágrimas na plateia, foi aí que anunciei a música e comecei sozinho a introdução com um riff de guitarra, o que jamais havia sido o início daquela versão, e ainda tive sorte pois a banda conseguiu me seguir ou perseguir nesse caso, fiquei emocionado acho, estávamos a tanto tempo tocando juntos e eu estava com um sentimento de dever cumprido, e foi isso que me desconsertou.
      
Obs. Solo A+:
            Acho que nesse 'post' eu poderia ter contado mais sobre coisas que dão errado, mas os inusitados são mais marcantes e por isso coloquei estes, também poderia ter falado das falhas humanas, mas isso cria uma certa rusga, que não me convém de maneira alguma e nem é de meu agrado.
         
Obs. Solo +B:
            Houveram (e ainda existirão) alguns acontecimentos e coisas engraçadas acontecendo durantes as apresentações de bandas, mesmo quando não acontecem com a gente. Uma vez desliguei o som da apresentação de uns amigos, pisei no fio que ligava todo o equipamento de som da banda, ocorreu um "pequeno" black-out no palco, foi mal! No próximo post conto mais coisas do gênero COMÉDIA.

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"Absolutum Est Casualis" 30-11-2012

Mudanças e + Mudanças: Do Analógico ao digital e + - 3

           Nesse post achei legal falar de equipamento, de estúdio e algumas das coisas que se aprende quando a gente resolve se meter com música. Até mesmo pra quem gosta do assunto também e poder aprofundar um pouco, prometo que será só um pouco...

           No final do ano de 1998 já estávamos em plena era do computador pessoal, Windows 98 e tudo. Eu que nessa fase já estava de guitarra nova (uma Jackson PS-4 vinho com micro afinação) e pedaleira de efeitos Digitech RP-10, que posso dizer que era o que existia de melhor naqueles anos. A música entrava no digital e os músicos em delírio hi-tech. Foi também por ai que adquiri um computador com uma placa de som Soundblaster Vibra128 e num processador Pentium II com um HD de 20GB, era uma boa máquina (pra quem não tinha nada!), então comecei minhas primeiras experiências com áudio, gravando editando e principalmente conhecendo e experimentando, sofri um pouco com guitarras rachadas, violões sem brilho e vocais que não se encaixavam.
Fiz o que hoje eu chamaria de pré-master da tal gravação ao vivo da minha banda (2º CD contendo 12 faixas que recebeu o nome de 'Ao Vivo No Aquário'), usando o Sonicfoundry Soundforge ver.4.5, e já posso dizer que é bem antigo isso.
           Conheci a maioria dos softwares dedicados a música em revistas especializadas, daquelas de banca de revistas que vinham com um CD com alguns freewares, demos e programas bonitinhos e inúteis. Eu que já havia feito um tanto de gravações caseiras em fitas K-7, inicialmente num gravador da marca National que depois virou Panasonic, registrava naquele gravador minhas idéias das primeiras músicas, depois meu irmão comprou um aparelho de som com dois "decks", e eu conseguia editar o que eu captava de forma que eu podia gravar e tocar em cima de algo pré gravado e assim dava pra fazer os "overdubs" (que nada mais é que sobreposição de sons). Cheguei junto com meus amigos de banda a gravar versões de músicas somente o instrumental e levava pra casa e gravava as vozes no banheiro lá de casa (aproveitando o "reverb"). Minha mãe (claro!) me achava um doido e ainda acha um pouco.
           Já no ano de 2000 após muitos estudos e testes e gravações depois, pintou uma oportunidade de trabalhar em um estúdio de um amigo (Christian), onde tive contato com vários estilos como música gospel, heavy metal, sertanejo, forró e pop/rock, MPB e outros trabalhos: vinhetas, jingles comerciais e afins.
          Passei a dedicar um tempo a esse novo aprendizado, lendo revistas com publicações voltadas aos músicos e aos produtores (Guitar Player, Áudio Música & Tecnologia e outras), a internet já ajudava muito nessa fase eu conseguia ler e conhecer mais coisas e com mais velocidade, acho que foi assim que conheci e fiquei sabendo da maioria das parafernálias existentes dentro de um home estúdio, termo que surgiu por aqui com maior força em tempos de globalização, mas eu ainda não havia conseguido comprar muita coisa, lembro que a primeira coisa que comprei foi uma mesa de som melhor, eu que vinha de uma mesa analógica Stanner, comprei uma mesa de som Behringer 1204, que ainda uso por ser muito compacta e  ter boa qualidade de reprodução e opções de "output" (Alt, XLR e P10), os primeiros microfones foram o B-2 Pro e um SM-57 que comprei usado.
           Foi no ano de 2002 que junto com a banda Dick Vigarista gravamos e produzimos o que seria o 3º CD (Dickara Com O Tempo), foram gravadas 7 faixas inéditas com direito a um arranjo de metais em duas músicas em sessões de gravação em horários "corujão", terminando as 3:00 da manhã, porém este CD acabou engavetado por nós mesmos pelo fim da banda dois anos depois e que ainda merece ser lançado. Foi nesse mesmo ano que montei a banda EscaliBlues (www.escaliblues.com.br) com o Janse e o Igor, a intenção inicial era ter um repertório de blues e rock dos artistas de maior expressão nesses estilos, mais tarde o trio virou quarteto com a integração do amigo e pianista Gustavo do Carmo com o qual gravamos o 1º CD (EscaliBlues 2008), dessas gravações também falarei em posts futuros.

Obs. Solo A+:
           Alguns dos primeiros equipamentos que tive, ou me desfiz, ou caíram em desuso, muita coisa digital evoluiu e muitas coisas analógicas ficaram mais fáceis de se conseguir, mas ainda é muito complicado encontrar qualquer coisa que tenha uso mais específico, e ainda o fato das mudanças de parâmetro de comparação sonora e estética, a busca por sons analógicos hoje me faz ver músicos reformando velhos amplificadores tipo os "Tremendão" e usando pedais e amplificadores handmade e guitarras de Luthiers dos mais variados.

Obs. Solo +B:
           Corri um pouco nesse post pra não entrar em muitos detalhes, durante o próximos irei interligando os fatos e colocando mais acontecimentos dos anos, achei importante inicialmente das uma noção de cronologia pra quem está acompanhado.

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"Absolutum Est Casualis" 23-11-2012

Ainda + Coisas do Começo (Somando A+B+...) - 2


Em 1994 entrei em um estúdio de gravação pela primeira vez, nessa época eu já havia estudado violão com um professor próximo a minha casa, o Cosme, onde a música brasileira e popular eram o foco, e logo depois com o Fabiano que me ensinou a "tirar " música de ouvido.

            Nessa época estava montada a banda de Pop e Rock Nacional de nome "Dick Vigarista", motivo pelo qual fomos ao estúdio gravar uma música para a participação em um festival da então rádio 107 FM. Daquele momento em diante tentei de todas as formas ao meu alcance me concentrar nos sons e nas músicas de forma mais técnica, afim de alcançar o melhor som com pouco equipamento e/ou em condições adversas, pois os nossos recursos eram limitados (aliás limitadíssimos), o dono do estúdio até nos emprestou o um amplificador para gravação das guitarras, buscando conseguir um som cada vez mais profissional usamos os recursos disponíveis, porém entraríamos em estúdios de gravação outras vezes ainda em épocas de gravações analógicas, os famosos "rolos", as tais fitas magnéticas,  onde os estúdios de médio porte em Belo Horizonte pelo menos, tinham até 8 canais para se gravar o som dos instrumentos separadamente. Foi então que ocorreu nossa segunda ida ao estúdio (Fábrica de Música se não me engano - em algum post adiante faço questão de falar dessas horas dentro desses estúdios) algum tempo depois. Gravamos nessa sessão de gravação algumas demos de músicas próprias da então banda Dick Vigarista (DKV) e uma versão de um cantor da tropicália.
            Em 1998 já na era digital gravamos uma demo de algumas músicas próprias e de minha autoria, misturadas às músicas de artistas brasileiros que nos influenciavam. Para tal contratamos os serviços de um estúdio que tinha a proposta de fazer gravações ao vivo captando todos os membros da banda ao mesmo tempo com a possibilidade de adicionar sons pós-gravados (overdubs - que tive que procurar saber o que era) isso foi no estúdio Aquário Project Studio.
            Tendo estudado guitarra com o guitarrista Márcio Costa (de 1995 a 1997) na ainda afamada "Galeria Praça Sete" ou como é conhecida e re-conhecida nos dias atuais "Galeria do Rock". Tive acesso a diversos estilos musicais que por ali circulavam, Rock, Instrumental, Blues, Progressivo e muito Heavy Metal. \m/

Obs. Solo A+:
            Lembro que no primeiro estúdio de gravação que fui (Estúdio Gênesis - Rui Montenegro) tinha um Marshall 100 watts Valvestate que gravei com ele usando o canal de distorção e o limpo porque eu usava uma pedaleira (Aria Pro II - APE-4), que havia sido comprada em conjunto com alguns dos membros da banda da qual eu fazia parte, e que tinha muito ruído que num sei se vinha da fonte de alimentação, dela mesma ou da rede elétrica, o Caló usava apenas um amplificador multiuso da Gianini uma guitarra Golden que era de um modelo tipo Paul Stanley (Kiss) e um pedal Boss Turbo Overdrive OD-2. Nos ensaios na casa do Igor ou do Adriano eu usava um amplificador (Sonorous, de estudo para contrabaixo) que me foi dado de presente pelo meu irmão em algum dos meus aniversários, e eu tinha uma guitarra Dolphin Mirage que ganhei do meu pai e que na época era uma marca tão boa quanto as Gianini anos 80 nas suas devidas proporções, claro. Lembro que o gravador de "rolo" que tinha no estúdio era um Tascam que num lembro bem mas talvez 8 canais, porque lembro que tinha que gravar a bateria e depois "reduzir" pra dois canais pra caber o resto da banda na fita.

Obs. Solo +B:
            Nessa primeira sessão de gravação que participei, gravamos uma música do meu amigo Adriano Borçari, pra banda participar do tal festival da rádio 107 FM. Então tínhamos pra gravar bateria (Igor), baixo (Janse), duas guitarras (Ângelo e Caló), harmônica (Agnaldo), violão (Adriano), e duas vozes sendo uma feminina (Fernanda) e uma masculina (Adriano).

Obs. Solo A+B:
            Nos posts que virão vou acrescentado partes da minha trajetória/história até conseguir chegar aos dias de hoje.

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"Absolutum Est Casualis" 16-11-2012

Somando A+B+ O Que Mesmo?! Ah! Histórias - 1

Bom, resolvi que esse blog não seria apenas parte da divulgação do projeto A+B Solo (www.absolo.com.br) que muito, muito me interessa. Mas gostaria de escrever algumas coisas que penso, e se penso logo existo.... Então, escreverei da mesma maneira que penso sem pretensão; e sem pretensão de parecer pretensioso, de ter o português mais correto ou de ter a obrigação diária ou periódica de me expressar, mas é sempre importante saber se as pessoas estão lendo e participando, por isso gostaria que postassem aqui ou por e-mail (absoloduo@gmail.com) comentários sobre meus comentários, estarei sempre falando do que mais me atraia e que é então minha paixão 'A Música'.
 
Então começarei falando de.... MÚSICA, claro!

Assunto tão vasto pra mim como deveria ser, mas gostaria de contar um pouco como cheguei até os dias atuais:

"A primeira vez que escrevi algo pensando que viraria uma música, foi logo no início do meu aprendizado do violão o ano era 1992 (influenciado por tudo que eu ouvia de tabela em casa e na escola. "...as melhores coisas se aprendem na escola e não na sala de aula..."), nessa época eu tocava muito bem três acordes (dó, sol e ré) e inventei uma letra/texto usando esses acordes, música esta que não constará no CD que estou preparando, mas bem que poderia.....!!! Bom, daí! Em 1994 quando montei na verdade a segunda banda (Dick Vigarista) em que toquei, banda essa que teve duração de 10 anos bem vivídos e que contarei algumas estórias que começo no próximo post, sobre as primeiras músicas que fiz continuei numa direção sempre autobiográfico e sempre por inspiração, porém, algumas coisas que eu criava não cabiam dentro do estilo ao qual escolhemos pra tocar (rock brasileiro, blues e pop), o que fiz!!?? Guardei essas músicas pensando num futuro, pois acreditei naquelas músicas até hoje, anos mais tarde (bom, muitos anos depois) resolvi junto com meus amigos Janse e Igor montar a banda de blues EscaliBlues (www.escaliblues.com.br) que também agregou muito à minha história e que nos próximos posts também terá espaço por aqui. 
    O projeto veio anos mais tarde (mais ou menos 15 anos pra falar a verdade), ideia essa que deu início após eu encontrar um ponto em comum nas músicas que fiz e guardei durante os períodos onde elas não "funcionavam" dentro das bandas que toquei, e que seria a MPM (Música Popular Mineira) e a MPB.
Vasculhando meus guardados encontrei diversas dessas músicas e algumas que inventei depois e/ou no decorrer dessa empreitada, o que venho a mostrar nessas músicas são estórias de vida... minha vida! Antes mesmo de conseguir ter uma lista do que começaria a gravar, convidei diversos de meus amigos/músicos, ah! 

A esses amigos ficarei devendo a colaboração, pois, com alguns tenho parcerias de anos e anos, e que toparam o projeto imediatamente.


Obs. Solo A+:
Espero continuar perseverante nas gravações do CD que começo a gravar ainda no fim desse ano de 2012 e com o blog que pra mim ainda é uma coisa nova, não na leitura, pois me perco lendo blogs de assuntos que me atraem por motivos diversos.

Obs. Solo +B:
Vou postar aqui no blog também algumas fotos e imagens que fizeram parte da minha trajetória musical, pra contar e relembrar e reavivar a memória de quem viu; e de quem passa a me conhecer, e ler, e ouvir, e gostar ou não gostar....

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"Absolutum Est Casualis" 08-11-2012