Mudanças e + Mudanças: Do Analógico ao digital e + - 3

           Nesse post achei legal falar de equipamento, de estúdio e algumas das coisas que se aprende quando a gente resolve se meter com música. Até mesmo pra quem gosta do assunto também e poder aprofundar um pouco, prometo que será só um pouco...

           No final do ano de 1998 já estávamos em plena era do computador pessoal, Windows 98 e tudo. Eu que nessa fase já estava de guitarra nova (uma Jackson PS-4 vinho com micro afinação) e pedaleira de efeitos Digitech RP-10, que posso dizer que era o que existia de melhor naqueles anos. A música entrava no digital e os músicos em delírio hi-tech. Foi também por ai que adquiri um computador com uma placa de som Soundblaster Vibra128 e num processador Pentium II com um HD de 20GB, era uma boa máquina (pra quem não tinha nada!), então comecei minhas primeiras experiências com áudio, gravando editando e principalmente conhecendo e experimentando, sofri um pouco com guitarras rachadas, violões sem brilho e vocais que não se encaixavam.
Fiz o que hoje eu chamaria de pré-master da tal gravação ao vivo da minha banda (2º CD contendo 12 faixas que recebeu o nome de 'Ao Vivo No Aquário'), usando o Sonicfoundry Soundforge ver.4.5, e já posso dizer que é bem antigo isso.
           Conheci a maioria dos softwares dedicados a música em revistas especializadas, daquelas de banca de revistas que vinham com um CD com alguns freewares, demos e programas bonitinhos e inúteis. Eu que já havia feito um tanto de gravações caseiras em fitas K-7, inicialmente num gravador da marca National que depois virou Panasonic, registrava naquele gravador minhas idéias das primeiras músicas, depois meu irmão comprou um aparelho de som com dois "decks", e eu conseguia editar o que eu captava de forma que eu podia gravar e tocar em cima de algo pré gravado e assim dava pra fazer os "overdubs" (que nada mais é que sobreposição de sons). Cheguei junto com meus amigos de banda a gravar versões de músicas somente o instrumental e levava pra casa e gravava as vozes no banheiro lá de casa (aproveitando o "reverb"). Minha mãe (claro!) me achava um doido e ainda acha um pouco.
           Já no ano de 2000 após muitos estudos e testes e gravações depois, pintou uma oportunidade de trabalhar em um estúdio de um amigo (Christian), onde tive contato com vários estilos como música gospel, heavy metal, sertanejo, forró e pop/rock, MPB e outros trabalhos: vinhetas, jingles comerciais e afins.
          Passei a dedicar um tempo a esse novo aprendizado, lendo revistas com publicações voltadas aos músicos e aos produtores (Guitar Player, Áudio Música & Tecnologia e outras), a internet já ajudava muito nessa fase eu conseguia ler e conhecer mais coisas e com mais velocidade, acho que foi assim que conheci e fiquei sabendo da maioria das parafernálias existentes dentro de um home estúdio, termo que surgiu por aqui com maior força em tempos de globalização, mas eu ainda não havia conseguido comprar muita coisa, lembro que a primeira coisa que comprei foi uma mesa de som melhor, eu que vinha de uma mesa analógica Stanner, comprei uma mesa de som Behringer 1204, que ainda uso por ser muito compacta e  ter boa qualidade de reprodução e opções de "output" (Alt, XLR e P10), os primeiros microfones foram o B-2 Pro e um SM-57 que comprei usado.
           Foi no ano de 2002 que junto com a banda Dick Vigarista gravamos e produzimos o que seria o 3º CD (Dickara Com O Tempo), foram gravadas 7 faixas inéditas com direito a um arranjo de metais em duas músicas em sessões de gravação em horários "corujão", terminando as 3:00 da manhã, porém este CD acabou engavetado por nós mesmos pelo fim da banda dois anos depois e que ainda merece ser lançado. Foi nesse mesmo ano que montei a banda EscaliBlues (www.escaliblues.com.br) com o Janse e o Igor, a intenção inicial era ter um repertório de blues e rock dos artistas de maior expressão nesses estilos, mais tarde o trio virou quarteto com a integração do amigo e pianista Gustavo do Carmo com o qual gravamos o 1º CD (EscaliBlues 2008), dessas gravações também falarei em posts futuros.

Obs. Solo A+:
           Alguns dos primeiros equipamentos que tive, ou me desfiz, ou caíram em desuso, muita coisa digital evoluiu e muitas coisas analógicas ficaram mais fáceis de se conseguir, mas ainda é muito complicado encontrar qualquer coisa que tenha uso mais específico, e ainda o fato das mudanças de parâmetro de comparação sonora e estética, a busca por sons analógicos hoje me faz ver músicos reformando velhos amplificadores tipo os "Tremendão" e usando pedais e amplificadores handmade e guitarras de Luthiers dos mais variados.

Obs. Solo +B:
           Corri um pouco nesse post pra não entrar em muitos detalhes, durante o próximos irei interligando os fatos e colocando mais acontecimentos dos anos, achei importante inicialmente das uma noção de cronologia pra quem está acompanhado.

Comentários também para o e-mail: absoloduo@gmail.com

"Absolutum Est Casualis" 23-11-2012


6 comentários:

  1. As lembranças que traz me são recentes! Com gosto retrô, mas atualíssimas!

    É incrivelmente maravilhoso ver todo esse crescimento. Ver que O A+B Solo é hoje fruto de tantas experiências!

    Acredita!
    Estou lendo tudo com muito carinho.

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  2. Ah o "Ao Vivo no Aquário" me traz lembranças recentes! Pra você mais retrô, mas atualíssimas!!!

    É incrivelmente compensador ver que A+B Solo é fruto de todo o amadurecimento e de tantas experiências!

    Acredita!!!
    Estou lendo com carinho.

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  3. show de bola !!! belas historias e muita dedicação para ter o conhecimento de hoje...vc nao desiste nunca é o cara!

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  4. Meu irmão,

    Não sei se já te disse pessoalmente, mas se não o fiz eis uma grande oportunidade e em poucas palavras conseguirei expressar:
    Sinto muito muito orgulho de você, pessoa especial na minha vida; auto-didata, estudioso, inteligente e extremamente competente. Ainda me lembro das rachadas de guitarra a muito tempo e hoje um som impecável!
    Te adoro meu irmâo.

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  5. Lendo esse post, volto alguns anos no tempo com muita alegria e lembranças das longas conversas, ouvindo músicas, vendo as novidades, enfim... Acompanho muito dessa história há muitos anos e vi o progresso do Ângelo a cada nova tentativa. Aprendo sempre com as nossas conversas e sou grato a Deus por ter um amigo assim, AMIGO de verdade como poucos!

    Continue sua caminhada, meu irmão... Estamos juntos nessa estrada da vida...

    Abraço e sucesso, sempre!!!

    Wanderson Rodrigues

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  6. Aender Cruz Silva 28/11/2012

    Cara! Alem da musicalidade que sei muito bem que você tem; que não é pouca não, estou gostando muito deste blogger onde, alem de você estar divuldando o seu novo projeto juntamente com o Igor e parceitos, ler os seus post tabem é muito bom, pois assim conheço ainda mais a sua tragetória de MUSICA NA VIDA ou VIDA NA MUSICA.
    Parabéns amigo! Abraços.

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