Salvação + Surpresas... Sem + ... - 33

           Em meados do ano de 1999, ainda com a banda de rock e pop "Dick Vigarista" da qual fiz parte durante 10 anos, preparávamos músicas para uma gravação que ainda não havia título ou conceito... "Gravar é registro de um momento/época", e não era ano de copa do mundo ou coisa parecida, nem tão pouco acreditávamos que a virada do milênio traria alguma solução; nem nos preocupava tanto assim o tal "BUG" do milênio. Sem falsas esperanças de conseguir quem salvasse a nação ou no mínimo nossa cidade. "Não há um herói, ninguém vai salvar, índios por toda parte..." ÂBS

       Mas existem surpresas por toda parte, encontrá-las, reconhecê-las e entender o que vale a pena, é tarefa diária que requer não só conhecimento, mas afinco, paciência e amadurecimento constante. Cantei oficialmente pela primeira vez em 25 de janeiro de 1997, durante a festa Cheque-Mate, que havia sido batizada pelo Igor Monteiro (A+B Solo - EscaliBlues), e funcionou tanto que cantei naquela banda por mais 8 anos. Alguns anos depois, com a banda EscaliBlues, encontramos novas surpresas, ficamos sem baixista e fui convidado pra assistir ao ensaio de uma banda de amigos, então me encontrei com o Luiz de Bessa (baixista), figura que havia me emprestado os primeiros discos que ouvi do Blues Etílicos, A Eletrika Tribo e até uma fita VHS com o show "El Mocambo" do Stevie Ray Vaughan. Aquele encontro, naquele momento fez todo o sentido, e em 2003 a banda EscaliBlues passava a ter o Luiz como baixista. No ano seguinte mais uma vez encontrei um baixista que se revelou "O!!" pianista, o Gustavo do Carmo que se tornou membro da banda e amigo.

         Encontrar dinheiro pelo caminho é cada vez mais raro, mas mesmo as pequenas moedas são necessárias quando os números são pequenos e as contas bem conferidas, quantas vezes o ócio precisa ser transformado em negócio para podermos perceber o tempo? "Você não veio ao mundo à toa!! E se veio fazer algo, faça alguma coisa boa" G.o.P 

          Se fosse na ficção fugir do planeta durante as guerras e crises seria uma boa ideia, mas aqui na terra, o mal pode vencer, o bem se curva, onde a ignorância ri com um sorriso charmoso, largo e encantador, o sábio tem vergonha de se exibir e o culto é mais criticado e menos compreendido, assumindo nossa crua e nua verdade. Cuidar uns dos outros talvez seja a melhor forma de se ver bem falado, por outro lado a sabedoria popular já diz "muito ajuda quem não atrapalha".

        Vivemos um momento musical de extrema delicadeza, qualquer um pode virar um "talento/celebridade" da noite para o dia, é mais comum do que imaginamos. Nem pérolas aos porcos, nem moedas ao menestrel, mas cautela ao distribuir nossos poucos valores. "Nem todo mundo pode se tornar um grande artista, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar." A.E.

Obs. Solo A+:

          A cronologia do texto ficou um "pouco" saltada, mas não desconexa, estou falando de momentos de mudanças, e tentativas, e erros, e acertos... Pouco sei sobre certeza, mas posso dizer que não existe meio certo ou meio errado, nem é questão de radicalismo... é bom senso mesmo!

Obs. Solo +B:

         Surpresa, brinde, destino, coincidência  ironia, cada um vai encontrar um nome e/ou significado, o que fica é a intenção e a amizade. Na caminhada conhecemos e aprendemos; saber reconhecer essas influências é de grande importância para aprender a refazer o caminho de volta. "As árvores perdem as folhas, mas as raízes continuam no mesmo lugar"

A+Braços

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"Absolutum Est Casualis" 21-06-2013